O Artigo 9º da Constituição
Federal assegura o direito de greve para todos os trabalhadores. É legítimo
reivindicar melhores condições de trabalho, maiores salários e mais
rentabilidade para os trabalhadores autônomos, sejam eles caminhoneiros ou não.
O problema é quando ocorrem
excessos e falta de responsabilidade. Ai a greve, ao exemplo da greve de fome
ao extremo, pode canibalizar seu próprio participante. A crise de escassez de
produtos assustou a nação.
A sociedade brasileira, segundo
pesquisas, apoiou maciçamente a paralisação dos caminhoneiros que nos trás
alertas seríssimos sobre a situação econômica e social do Brasil.
A paralisação desnuda graves problemas
estruturais existentes no país. Que vai da dependência do transporte rodoviário
a uma das maiores cargas tributárias do planeta. Que esta paralisação sirva de “aviso”
às lideranças políticas de que reformas duras e profundas precisam ser feitas.
A dependência do modal de
transporte rodoviário vem da década de 50 quando os governantes decidiram
priorizar os investimentos na indústria automobilística. Os recursos públicos
foram quase que integralmente canalizados para a ampliação da malha rodoviária,
em detrimento dos transportes ferroviário e aquaviário. Para se ter uma ideia
da escassez de trilhos no Brasil, vamos comparar com Argentina, Estados Unidos
e Índia. O Brasil tem hoje menos de 30 mil km de ferrovias. A Argentina, com um
território de 2,7 milhões de km2 (equivalentes à soma dos Estados do Amazonas e
Pará) tem 36.917 km. Os Estados Unidos possuem 294 mil km e a Índia, com um
território equivalente à metade do Brasil, possui mais de 68 mil km.
Quando se compara trilhos
urbanos, o metro de São Paulo, maior do país, percorre cerca de 74 km enquanto
que o de NY chega a quase 400 km.
Apenas constei essa comparação
para dizer que soluções erradas de Governo refletem, mesmo que depois de muito
tempo. Alterações nesta área, só em longo prazo e com vultosos investimentos.
Com relação à carga tributária,
os brasileiros estão cansados de bancar uma das maiores taxas do planeta e a
maior da America Latina segundo a OCDE – Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico, sustentando um estado gastador e perdulário que
constantemente manda a conta dos seus erros de sua política econômica para o
cidadão.
Uma reforma tributária é
necessária para simplificar o sistema, reduzir a carga e permitir uma maior
fiscalização do povo brasileiro. Enquanto no Brasil, os tributos são embutidos
nos preços de quase todos os produtos e serviços, mascarando a cobrança e os encarecendo,
nos Estados Unidos é cobrado o IVA – Imposto sobre Valor agregado que aparece
na nota fiscal, informando se é Estadual e Federal.
Como não concordo com criticas
sem apresentar soluções, existe uma pauta que passa por: cumprimento imediato
do teto salarial do funcionalismo público. Judiciário, Executivo e Legislativo.
Fim do auxilio moradia, fim da gastança do dinheiro público com mordomias,
veículos de luxo etc., reforma tributária já, reforma da previdência e fim do Imposto
de renda na fonte sobre salários, salário não é renda, maior investimento em
educação, saúde e segurança.
Outro fator importante é a união
do povo trabalhador e ordeiro desta nação. Juntos alcançaremos mais que
separados. Que fiquemos atentos às próximas eleições, buscando eleger pessoas
honestas e trabalhadoras e não abutres do erário público.
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