A partir de primeiro de janeiro de 2019 entrou na direção do
país um novo Governo eleito democraticamente com 57.797.847 votos.
Existiam temores de urnas fraudadas, mas eu, particularmente
nunca acreditei que pudessem existir. Um Tribunal à altura do TSE não poderia
nunca trair a confiança do povo brasileiro. Graças a Deus a eleição transcorreu
num clima pacífico e ordeiro, apesar dos acontecimentos durante a campanha como
o atentado ao então candidato Jair Bolsonaro.
Vamos priorizar aqui a discussão de nossos desafios e metas
para alcançar o desenvolvimento que o Brasil e os brasileiros merecem.
Na economia, o choque
dado pelo novo Governo na questão do combate e à tolerância zero na corrupção
criou um clima de otimismo no país. Isto aumenta a confiança dos empresários e
explica um pouco a retomada do crescimento. Segundo o CAGED – Cadastro Geral De
Empregados e Desempregados, em fevereiro deste ano foram gerados 173.139 empregos
formais em todo o país, representando o dobro em comparação com o mesmo mês de
2018.
Como todos sabem nosso país tem problemas estruturais graves
e sofre uma desigualdade monstruosa que afeta nossa população mais carente.
Sabemos que isso é fruto de negligência de vários Governos anteriores. A meu
ver o problema mais grave situa-se nas áreas de falta de educação e elevada
carga tributária. Infelizmente nosso povo vive, geralmente, cambaleante,
desmotivado e descrente.
O custo elevado para manter as estruturas governamentais nas
três esferas de Governo (Federal, Estadual e Municipal) é muito alto e
praticamente impagável. O que ocorre é que quando o Governo mete a mão no seu bolso,
seu poder aquisitivo diminui. Não sobra dinheiro para as compras básicas.
Quando o dinheiro entra nos cofres do Governo, é quase totalmente
sugado por uma máquina ineficiente e muitas vezes corrupta, indo parar no bolso
de “bandidos de gravata” que o esbanjam de várias maneiras como compra de
imóveis e carros de luxo, quando não aeronaves e embarcações. Tudo com seu
dinheiro.
Isso tem solução? Tem sim. Reforma tributária. Simplificação
e redução da carga.
Outro Ponto importante é a sociedade cobrar o que está na
Constituição em seu Art. 37, Inciso XI: ninguém do serviço público pode ganhar
mais que Ministro do STF, ou seja, R$39.200.00. O teto era de R$33.700,00, mas
em sete de novembro do ano passado o Congresso o aumentou em 16,3%. Quem quiser
ganhar mais, que vá montar uma empresa, ai pode ganhar até R$1 milhão por ano.
Ou seja, a população tem que exigir a redução do custo do
Governo para que sobre mais dinheiro para Educação, Saúde e Segurança.
As festas juninas então chegando para fazer a alegria dos
brasileiros com suas quermesses. Apenas para ilustrar o tamanho da conta que
pagamos, vamos à carga tributária dos produtos juninos. Ao comprar amendoim
você deixa nos cofres do Governo 36,54% do valor pago. Outros exemplos são:
Camisa Xadrez - 34,67%, canjica - 35,38% e fogos de artifício – 61,56%. Até
imagem de Santo é tributada. Pasmem! 51,52%[1].
Nas últimas eleições tivemos a maior renovação do Congresso
Nacional de nossa história, 40% na Câmara e 85% no Senado. Isso mostra uma
maior conscientização da população com os rumos de nossa política. Mas isso só
não basta. Temos que ficar vigilantes e cobrar de nossos representantes as
reformas necessárias para livrar o Brasil de suas amarras. As mais importantes
são a reforma da Previdência, tributária e política. Quanto a esta última, gostaria
de sugerir uma regra: qualquer político detentor de cargo eletivo para se
candidatar a outro cargo, tem que renunciar ao atual cargo que ocupa. Exemplo
muito comum no Brasil: Senador com mandato de oito anos sai candidato a
Governador de Estado. Se perder eleição, retoma tranquilamente o mandato de
Senador e segue sua vidinha. Com a implantação desta regra, muitos candidatos
irão pensar duas vezes antes de se candidatar, abrindo assim espaço e
oportunidade para outras pessoas, oxigenando e renovando o Parlamento
Brasileiro.
(*) Economista
[1]
Veja relação completa de produtos juninos em https://ibpt.com.br/noticia/2598/Festa-de-tributos-produtos-juninos-podem-ter-mais-da-metade-do-seu-valor-em-encargos
Nenhum comentário:
Postar um comentário