sábado, 1 de dezembro de 2007

CPMF ou não CPMF, eis a questão!

A discussão sobre a prorrogação ou extinção da Contribuição “Provisória” Sobre a Movimentação Financeira – CPMF, marcada para terminar ao final deste ano, representa um divisor de águas no Brasil. A sociedade tem que mostrar o que quer e transmitir aos seus representantes no Congresso Nacional para que faça valer o voto que deu e terminar com este maldito imposto que onera toda a cadeia produtiva da economia brasileira e vai cair no “colo” de todos os brasileiros, indistintivamente. Infelizmente a batalha foi perdida na Camara dos Deputados onde o Governo Federal tem maior margem de manobra. Resta-nos a esperança da guerra no Senado. Porque o país gasta milhões de reais com eleições a cada quatro anos se nosso voto nada vale. Não posso crer que a população seja a favor deste imposto que é cumulativo e injusto. Vejo com bons olhos o aumento da conscientização da população e a manifestação de entidades de classe como a FIESP que conseguiu mais de 1.000.000 de assinaturas contra a prorrogação da CPMF.

Somados a todos os outros impostos, os números apresentados a seguir demonstram a voracidade e o apetite do Estado em sua cobrança. O brasileiro trabalhará em 2007 146 dias por ano apenas para pagar impostos (em 1986 eram apenas 86 dias). Como se não bastasse, trabalha mais 61 dias, em média, para cobrir a ineficiência do Estado ao ter que pagar por saúde, educação, previdencia, segurança, e pedágios por exemplo.

A título de comparação, os suecos trabalham 185 dias e os americanos 102 dias para pagar seus impostos. Não é preciso dizer que o nível de prestação de serviços públicos desses países não tem comparação com os realizados no Brasil.

A prorrogação da CPMF é indefensável sob qualquer ângulo. A arrecadação do Governo Federal vem aumentando muito ao longo dos anos e é preciso que a administração pública tenha mais eficiência nos gastos e na gestão. Não é possível conviver com gastos crescentes em custeio da máquina pública que se mostra emperrada e ineficiente para cumprir sua missão.

Vamos fazer a nossa parte e precionar nossos senadores para, em defesa da economia e dos interesses da população, votar contra a prorrogação da CPMF.