domingo, 7 de abril de 2019

SOB NOVA DIREÇÃO


A partir de primeiro de janeiro de 2019 entrou na direção do país um novo Governo eleito democraticamente com 57.797.847 votos.
Existiam temores de urnas fraudadas, mas eu, particularmente nunca acreditei que pudessem existir. Um Tribunal à altura do TSE não poderia nunca trair a confiança do povo brasileiro. Graças a Deus a eleição transcorreu num clima pacífico e ordeiro, apesar dos acontecimentos durante a campanha como o atentado ao então candidato Jair Bolsonaro.
Vamos priorizar aqui a discussão de nossos desafios e metas para alcançar o desenvolvimento que o Brasil e os brasileiros merecem.
Na economia, o choque dado pelo novo Governo na questão do combate e à tolerância zero na corrupção criou um clima de otimismo no país. Isto aumenta a confiança dos empresários e explica um pouco a retomada do crescimento. Segundo o CAGED – Cadastro Geral De Empregados e Desempregados, em fevereiro deste ano foram gerados 173.139 empregos formais em todo o país, representando o dobro em comparação com o mesmo mês de 2018.
Como todos sabem nosso país tem problemas estruturais graves e sofre uma desigualdade monstruosa que afeta nossa população mais carente. Sabemos que isso é fruto de negligência de vários Governos anteriores. A meu ver o problema mais grave situa-se nas áreas de falta de educação e elevada carga tributária. Infelizmente nosso povo vive, geralmente, cambaleante, desmotivado e descrente.
O custo elevado para manter as estruturas governamentais nas três esferas de Governo (Federal, Estadual e Municipal) é muito alto e praticamente impagável. O que ocorre é que quando o Governo mete a mão no seu bolso, seu poder aquisitivo diminui. Não sobra dinheiro para as compras básicas.
Quando o dinheiro entra nos cofres do Governo, é quase totalmente sugado por uma máquina ineficiente e muitas vezes corrupta, indo parar no bolso de “bandidos de gravata” que o esbanjam de várias maneiras como compra de imóveis e carros de luxo, quando não aeronaves e embarcações. Tudo com seu dinheiro.
Isso tem solução? Tem sim. Reforma tributária. Simplificação e redução da carga.
Outro Ponto importante é a sociedade cobrar o que está na Constituição em seu Art. 37, Inciso XI: ninguém do serviço público pode ganhar mais que Ministro do STF, ou seja, R$39.200.00. O teto era de R$33.700,00, mas em sete de novembro do ano passado o Congresso o aumentou em 16,3%. Quem quiser ganhar mais, que vá montar uma empresa, ai pode ganhar até R$1 milhão por ano.
Ou seja, a população tem que exigir a redução do custo do Governo para que sobre mais dinheiro para Educação, Saúde e Segurança.
As festas juninas então chegando para fazer a alegria dos brasileiros com suas quermesses. Apenas para ilustrar o tamanho da conta que pagamos, vamos à carga tributária dos produtos juninos. Ao comprar amendoim você deixa nos cofres do Governo 36,54% do valor pago. Outros exemplos são: Camisa Xadrez - 34,67%, canjica - 35,38% e fogos de artifício – 61,56%. Até imagem de Santo é tributada. Pasmem! 51,52%[1].
Nas últimas eleições tivemos a maior renovação do Congresso Nacional de nossa história, 40% na Câmara e 85% no Senado. Isso mostra uma maior conscientização da população com os rumos de nossa política. Mas isso só não basta. Temos que ficar vigilantes e cobrar de nossos representantes as reformas necessárias para livrar o Brasil de suas amarras. As mais importantes são a reforma da Previdência, tributária e política. Quanto a esta última, gostaria de sugerir uma regra: qualquer político detentor de cargo eletivo para se candidatar a outro cargo, tem que renunciar ao atual cargo que ocupa. Exemplo muito comum no Brasil: Senador com mandato de oito anos sai candidato a Governador de Estado. Se perder eleição, retoma tranquilamente o mandato de Senador e segue sua vidinha. Com a implantação desta regra, muitos candidatos irão pensar duas vezes antes de se candidatar, abrindo assim espaço e oportunidade para outras pessoas, oxigenando e renovando o Parlamento Brasileiro.
(*) Economista












[1] Veja relação completa de produtos juninos em https://ibpt.com.br/noticia/2598/Festa-de-tributos-produtos-juninos-podem-ter-mais-da-metade-do-seu-valor-em-encargos