quinta-feira, 23 de junho de 2011

CAIXAS ELETRÔNICOS

Em 2007 escrevi um artigo denominado: “como cortar o mal pela raiz” publicado no Estado de Minas. Naquela época, falava que, para serem eficientes, as ações de combate, a crimes, teriam que agir na raiz do problema, como, por exemplo, coibição ao roubo de cargas pelo combate aos receptadores. No caso dos pichadores (esta praga mundial), dizia que a venda de tinta aerossol (spray), devia ser proibida ou controlada.

Recentemente, o poder público fez exatamente o que recomendava a 4 anos: proibiu a venda de tinta spray a menores de 18 anos. (Lei 12.408 de 25/05/2011).

Remeto-me a este assunto para abordar um problema que aflige a população: o roubo de caixas eletrônicos. Não pense você que este problema não afeta aos nanuquenses. Ao ver os noticiários das Tvs, às vezes pensamos: ah, isso não me atinge. Ledo engano. A onda de ataques a caixas eletrônicos e outros crimes contra as instituições financeiras está chegando cada vez mais perto das médias e pequenas cidades. Então fica a pergunta: como combater esse crime? Chegar depois do leite derramado não adianta nada. Extinguir os caixas também não. É como “tirar o sofá da sala para evitar a traição da mulher”. Manchar as notas com tinta vermelha pode ser uma boa medida, mas não resolve.

Percebe-se neste tipo de crime o uso freqüente de explosivos e maçaricos. Aí pode estar a chave para o enfrentamento do problema. Um maior controle na produção e venda de explosivos, bem como seu armazenamento. No caso de maçaricos também. Sua venda deve ser controlada e as pessoas que adquirem estes produtos devem estar devidamente cadastradas e identificadas. É como comprar uma arma. Não se exige registro e o controle é rigoroso? Pois é, da mesma forma. A venda de explosivos e maçaricos deve ser rigorosamente controlada. A pergunta é: Para que uma pessoa compraria um explosivo ou maçarico? Tem pedreira? tem oficina mecânica? Sim, ok, venda liberada. Se tem justificativa, tudo bem. Se não tem, a inteligência da polícia deve ficar de olho naquele cidadão.

Esta discussão é interessante. No momento em que, devido ao aumento da segurança dentro dos bancos, os bandidos migram seus crimes para os caixas eletrônicos. A conseqüência pode ser a retirada destes caixas, cortando um serviço útil que a tecnologia trouxe à população, que é a facilidade de ter acesso a dinheiro fora do horário bancário.

Vejamos então se as autoridades percebem, com clareza, o que está acontecendo para tomar as providências necessárias. Vamos ficar de olho!