Educação: Do Latim: “educare” – instruir,
criar. Composta por Ex (“fora”) e Ducere (“guiar, conduzir, liderar”) a ideia
de educação é: “conduzir para fora” ou “Extrair de dentro” ou seja, “preparar
para o mundo”.
A história da Educação no Brasil tem passagens
interessantes, polêmicas e transformadoras, desde o trabalho da Companhia de
Jesus (Ordem Missionária Católica) no Período Colonial com a primeira missão,
chefiada pelo Padre Manoel da Nóbrega em 1549 até a aprovação da LDB – Leis de
Diretrizes Básicas em 1996 que instituiu a Política Educacional Brasileira.
A educação de hoje é totalmente diferente de
antigamente. Independentemente da posição do Estado, as famílias sempre tiveram
papel fundamental na formação de seus filhos. Os almoços e jantares em família
eram momentos quando os pais podiam olhar nos olhos dos filhos e captar suas
ansiedades e angustias, agindo para orientar e corrigir possíveis desvios de
comportamento ou conduta. Eventos esses cada vez mais raros hoje em dia, os
filhos “fitam os olhos na Internet”.
Nada contra qualquer tipo de modernização que
seja. Faz parte do desenvolvimento humano. Mas hoje os filhos são “educados
pela Internet”.
A chamada “Convergência Tecnológica” que trouxe
todos os serviços tecnológicos para uma única infraestrutura, no caso o
celular, e congrega: telefone, câmera, filmadora, televisão e cinema, além de
agenda, rádio, despertador etc., facilitou de forma radical o acesso à
informação via internet, fazendo com que a exposição das pessoas às mais
diversas situações, modifique sobremaneira a forma como vemos o mundo e
reagimos a ele.
Outro dia um amigo me mostrou um filme no
celular contendo cenas horripilantes da decapitação de cabeças de presos no
presídio de Pedrinhas no Maranhão. Não quis ver, uma vez que acredito que,
quando nos expomos a cenas deste tipo, atraímos toda sorte de coisas ruins. A
verdade é: Nossos filhos estão à mercê
da internet.
Nem vou mencionar aqui a variedade de casos de
pedofilia, sequestro, a aliciamento de menores que acabam em morte, já
retratados em todos os jornais.
Fiquei espantado ao fazer a pesquisa na
internet sobre o caso de Pedrinhas. Existem fotos e vídeos de seres humanos
sendo decapitados. Que a Câmara aprove logo o marco legal da internet quando
será obrigatório o uso de senhas para acesso a estas cenas e outras mais.
Tudo bem se o caminho trilhado estivesse certo,
mas o que se vê é exatamente o contrario. Pela total falta de orientação de
casa, os menores estão à mercê de todo tipo de influência. Uma coisa fora de
controle. A consequência disto está estampada nos jornais e telejornais
diariamente com a vertiginosa escalada das estatísticas de crimes praticados
por adolescentes. Em artigo publicado no dia 22 de outubro de 2011[1],
intitulado ECA – Escola de Corrupção de Adolescentes, já alertava para o grave
problema da situação dos menores infratores que não encontram limites para seus
atos criminosos, inclusive acobertados pelo Estatuto.
Percebe-se que os jovens estão sem referência.
Sem padrões definidos de conduta.
Então o que fazer?
A TV a cabo sofreu inovações, quando uma senha
é exigida para acesso a filmes de classificação adulta. Como disse acima, deve
existir alguma forma de proteger nossas crianças e jovens desta exposição
maligna antes da hora. Os pais devem estar vigilantes em relação às mudanças de
comportamento de seus filhos, evitando assim o agravamento desta situação que,
pelo andar da carruagem, só deve piorar.