sexta-feira, 24 de agosto de 2012

ANATEL e a força popular

A Agência Nacional de telecomunicações – ANATEL surpreendeu a todos com uma medida drástica: proibiu a Oi, Tim e Claro de vender novas linhas por um determinado período. A TIM foi proibida de comercializar chips em 19 estados, a Oi em 5 e a Claro em 3 . A ANATEL cumpriu sua missão de “promover o desenvolvimento das telecomunicações do País de modo a dotá-lo de uma moderna e eficiente infraestrutura de telecomunicações, capaz de oferecer à sociedade serviços adequados, diversificados e a preços justos, em todo o território nacional”. O povo tem que comemorar esta importante decisão que visa melhorar o sistema de telefonia móvel no país, e tem que se orgulhar porque a decisão foi tomada em função da participação dos clientes que reagiram à má qualidade dos serviços prestados fazendo reclamações na agência. É exatamente para isso que quero chamar a atenção do leitor: o poder está nas mãos dos consumidores e não o contrário. Sempre quando um serviço ou produto não estiver bom, tem que reclamar mesmo, “botar a boca no trombone” para que as empresas se adequem e prestem serviços ou vendam produtos de qualidade. É bem verdade que o custo da telefonia móvel no Brasil não é barato e poderia ser bem melhor, desta maneira, os consumidores devem ficar atentos para fazer valer seus direitos podendo usufruir de um serviço cada vez melhor. O uso do celular com o avanço das tecnologias e o “smart phone” (telefone inteligente), é hoje essencial para qualquer pessoa, e virou ferramenta de trabalho. Todas as mídias estão convergindo para um mesmo aparelho. Televisão, internet, agenda e telefone, tudo num mesmo lugar, permitindo agilidade e conectividade plena aos usuários. A TIM, por exemplo, criou planos atraentes de conecção ilimitada a preços módicos. Por isso mesmo atraiu milhares de clientes. Apenas para constar, o mercado hoje é comandado pela VIVO com 29,56% do mercado de telefonia móvel, seguida pela TIM com 26,89%, Claro com 24,58%, Oi com 18,65% e as outras com 0,31%. Esses planos mirabolantes, talvez sejam uma das razões do “entupimento” das redes, piorando a qualidade dos serviços. Tanto que recentemente, a TIM foi condenada pelo Juiz Yale Sabo Mendes do 5º Juizado Especial Cível da Comarca de Cuiabá, sob a acusação da operadora “derrubar” propositalmente as chamadas no plano Infinity. A indenização à Cliente Karinne Marques de Oliveira foi fixada em R$24.800,00 (vinte e quatro mil e oitocentos reais). O juiz usou como argumento notícia de 07 de agosto, veiculada pela Folha de São Paulo, que revelou a acusação da Anatel de que a TIM estaria interrompendo de propósito as chamadas feitas por meio desse plano. Ao concluir, todos devemos parabenizar a ANATEL, muitas vezes acusada de ser inerte e até conivente com as operadoras pela resposta ao clamor dos que reclamaram. O povo aplaude de pé ações como esta que são um verdadeiro alento aos milhares de consumidores constantemente prejudicados em suas relações de consumo. No próximo artigo falaremos sobre os perigos do uso do celular quando estamos dirigindo.