quinta-feira, 30 de agosto de 2018

ESQUERDA, DIREITA, VOLVER !

Eleições chegando, muita gente falando, prometendo, tirando as cartas da manga e coelhos da cartola, fazendo de tudo para encantar e seduzir o eleitor com o canto da sereia.
Estamos acostumados a altos e baixos, vivendo numa verdadeira “montanha russa”, levado à esquerda, centro, direita etc., com os discursos dos esquerdistas, conservadores e direitistas. Estamos fartos de “lero-lero” e conversa fiada, promessas mirabolantes e muitas vezes absurdas.
O que queremos é “competência” na gestão dos recursos públicos. Esses gestores, muitas vezes indicados pelos políticos, não tem feito um trabalho à altura de nossos anseios. R$1,5 trilhões (e crescendo a cada minuto), isso mesmo, esse montante de recursos, incalculáveis e inimagináveis para a maioria dos brasileiros, já foram entregues, até 29 de agosto de 2018, aos Governos Federal, Estadual e Municipal.
Não queremos saber se os candidatos são de esquerda, direita ou centro. Queremos respeito e eficiência dos gastos públicos. Sabemos e sentimos na pele que o “Estado Brasileiro” é caro para todos. Os produtos são caros porque neles estão embutidos vários impostos, que são “jogados” nas nossas costas.
Quando o Governo gasta mais do que ganha, tem que se endividar e vai no mercado buscar dinheiro. Na maioria das vezes os bancos são os que emprestam recursos ao Tesouro para ele se financiar. Acontece que isso gera uma imensa despesas com juros, o que agrava ainda mais o déficit fiscal, ou seja quanto o Governo tem que pagar a mais além do que arrecada.Para se ter uma ideia, a carga tributária em 2017 chegou a 32,36% do PIB. Com um PIB de R$6,6 trilhões no referido ano, isso representa R$2,1 trilhões de impostos cobrados da população.
Com a repetição de déficits ao longo de anos, a DPFI - Dívida Pública Federal Interna alcançou em julho de 2018 extraordinários R$3,6 Trilhões, sendo que a  DFe - Dívida Federal Externa chegou a R$146,8 bilhões no mesmo período, totalizando R$3,7 trilhões[1].Se consideramos que somos 208.000.000 de habitantes[2], isso dá para cada um de nós (dívida per capta) uma conta de R$17.788,46, ou seja, um verdadeiro absurdo.
No cálculo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) todos nós trabalhamos em média 153 dias no ano de 2017 para pagar impostos. Se a carga fosse mais baixa, sobraria mais recursos para consumir mais, incentivar a produção das indústrias, aumentar a demanda por serviços, gerando assim um aumento das pessoas trabalhando e gerando renda.
Vamos explorar um pouco esta questão dos impostos. Veja abaixo as maiores incidências de impostos que pagamos no ato da compra: Baton 51%, roupas 34,67%, açúcar 32,33%, chocolate 38,60%, carne bovina 17,47%, sabonetes 37,09%, cachaça 81,87%, cerveja 54,80%, Wiskey 61,22%, vinho 54,73%. [3] 
Os três poderes do Estado extrapolam seus gastos, não respeitando a legislação vigente. Vivem num verdadeiro luxo, e quem paga a conta somos nós.
A única maneira de virar “esse jogo” é uma brutal redução das despesas do Governo, corte de mordomias e supérfluos, adequação dos salários aos tetos constitucionais, para que possamos diminuir o déficit, reduzir a necessidade de financiamento da dívida e ai sim, fazer uma redução da carga tributária.
Quanto menor o imposto cobrado, mais dinheiro sobra nas mãos das famílias para consumo, poupança ou lazer.
Vamos parar de brincar de direita e esquerda e voltar a cobrar eficiência na gestão pública, só assim poderemos sair da penosa e triste situação em que nos encontramos.







[1] Secretaria do Tesouro Nacional
[2] IBGE
[3] Relação completa em http://www.quantocustaobrasil.com.br/downloads/impostos_quantocustaobrasil.pdf