sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Big Brother e o Congresso

O programa da Rede Globo de Televisão com o mesmo nome do título deste artigo atrai a atenção de milhares de telespectadores todos os dias. O formato do programa foi criado em 1999 pelo executivo da empresa holandesa Endemol, John De Mol, inspirado na obra de Eric Arthur Blair que escreveu o livro “1984” com o pseudônimo de George Orwell. “Big Brother” (do inglês: grande irmão) é um personagem fictício neste romance cujo título vem da inversão dos dois últimos dígitos do ano em que o livro foi escrito, 1948. Na sociedade descrita por Orwell o “big brother” vigiava a todos o tempo todo governando de forma déspota e manipulando a forma de pensar dos habitantes. De forma espetacular, ele anteviu o que acontece hoje, quando milhares de câmeras estão espalhadas pelas cidades gravando tudo o que acontece. Estes equipamentos têm ajudado as autoridades no combate a crimes e na organização do trânsito, dentre outros benefícios. Estas gravações têm mostrado cenas espetaculares de abalroamento de veículos até então inacessíveis aos olhos de quem não estivesse lá naquele local e naquele minuto, além de cenas de violência de toda natureza, inclusive praticada por policiais. No programa da rede globo pessoas previamente selecionadas exibem seus corpos sarados confinadas numa casa. A presença de minorias como gays, lésbicas e até transexuais é garantida. Pedro Bial fica instigando-os a aumentar a ”baixaria”. Uma coisa muito interessante do programa é que o público tem o poder de eliminar os participantes por meio do voto direto. Imaginem então um “big brother” do Congresso Nacional. O povo ficaria observando os deputados e senadores no congresso e teriam o poder de eliminar aqueles que não honrarem sua representação. Como, por exemplo, os que votam a favor do aumento de imposto ou volta da CPMF. Certamente, seriam eliminados na hora, bem como os que praticam atos de corrupção e quebram o decoro parlamentar. Tenho certeza que a participação do povo seria maciça e certamente teríamos um congresso muito melhor. (*) Economista

Nenhum comentário: